Baba Yaga é chamada bruxa, porque sua aparência não é das melhores.
Arrisco dizer que é arisca! Pois não gosta de se submeter a ninguém.
Tem um pilão e uma vassoura, e neles sai a voar por toda parte.
Baba Yaga não é de toda má.
Gente esperta e amável é bem-vinda em sua casa, enquanto grosseria ou injustiça, ela espanta pra lá.
Na verdade, é muito sabida, feito mãe ou avó. Sabe tudo da natureza!
No meio da floresta, numa casa apoiada em pés de galinha, a bruxa vive só.
Em sua morada tem tudo que precisa a mão: se estica e alcança de um canto a outro.
Com seu um nariz poderoso, a velha cafunga do teto ao chão.
E em seu forno a lenha, cozinha apenas os mal intencionados.
Baba Yaga não é única, pode ser duas, três ou mais.
O coletivo BabaYaga emprestou o nome da famosa senhora e sua cabana peculiar para hospedar sua coleção de histórias para crianças.
Nesta casa, cinco mulheres concebem, conversam e produzem todo tipo de ideias. As boas viram livros e as que ainda não estão prontas, voltam ao forno para assar.
Uma casa que gosta de receber a visita de amigos para criar em conjunto. E com seus grandes pés de fantasia, sai para conhecer seus leitores em feiras, escolas, oficinas, rodas de conversa, eventos sobre livros, leituras e crianças.
Mas ela não faz tudo sozinha não… tem parceiros que levam seus livros para além da sua floresta.
Esta casa gosta mesmo é de contar histórias e fazer livros.
Espalhar seus sonhos por aí, mesmo que seja pelo correio.
Promover encontros, atravessar fronteiras e fazer amizades.
Agregar famílias, vivências e experiências.
Pra quem sabe um dia se tornar a casa de bruxas sabidas.
© Imagem de Ivan Bilibin
Ivan Yakovlevich Bilibin (1876 – 1942) foi um ilustrador russo e parte de sua obra foi inspirada no folclore eslavo.
BabaYaga 