Toc, toc… tem Jacaré na porta da BabaYaga

— Olá, Sr. Jacaré. Não quer entrar para uma xícara de café?

E assim começou o encontro entre os dois coletivos que aconteceu em outubro de 2018, no aconchego da casa, mas não a de Baba Yaga, no aconchego d’A Casa Tombada.

Foi um bate-papo animado, com mediação da querida Cristiane Rogério, e que contou com a participação de integrantes dos coletivos e de quem mais chegou para conversar sobre coletivos de criação literária.
Assim como o BabaYaga, o Jacaré na Porta é um grupo que se formou a partir de uma oficina de criação literária e este foi um momento intenso de troca, uma oportunidade de conhecermos e apresentarmos um pouco da história, formação e organização dos dois grupos.
Na descoberta entre semelhanças e diferenças, dois pontos orientaram a conversa: o por quê da escolha do trabalho coletivo e como produzir literatura para infância de forma independente. As respostas a essas questões estão entrelaçadas.
Em diversas linguagens da arte, o produto final do artista não corresponde a uma criação isolada. Se pensarmos na música, dança ou teatro, por vezes, uma proposta ou ideia de um artista conta com a colaboração de diversas pessoas para concretizar-se.
Nas artes visuais e no livro, especificamente, o processo de criação, produção, ilustrações, design gráfico e mediação com o leitor, ganha potencialidade quando o trabalho é realizado de maneira coletiva em todos os estágios.
A troca entre profissionais, com diferentes formações e vivências pessoais, multiplica as possibilidades do trabalho final. Além de proporcionar um processo compartilhado, divertido e enriquecedor, desde a concepção do livro até a recepção do leitor.
Desta maneira, a tendência de sentir-se isolado é reduzida quando um grupo decide investir na produção de modo independente. Juntar forças para criar, produzir e divulgar o próprio trabalho deixa o caminho mais enriquecedor, menos solitário e bem mais suave.
Inclusive para trocar informações sobre o mercado independente, como: conhecer e participar das feiras realizadas no Brasil e no exterior, acompanhar eventos e conversas sobre o tema, assim como, promover oficinas, encontros e experiências sobre leitura e literatura.
Sem dúvida, este encontro demonstrou que a força do trabalho coletivo pode ir além de um grupo de pessoas. Pode tonar-se uma comunidade, englobando para além de um grupo restrito, a proposta de compartilhar boas práticas e ações no universo do livro.

 

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